Kinopus procura por testemunhas para filme sobre o Assalto ao Banestado de 1987

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A produtora Kinopus está procurando por mais testemunhas que estiverem presentes ao Assalto realizado ao Banestado a 10 de dezembro de 1987 na região central de Londrina. Desde o ano passado, a equipe da produtora está realizando um longa-metragem sobre esse episódio, no qual cerca de 300 pessoas permaneceram reféns ao longo de sete horas dentro da agência central do antigo Banco do Estado do Paraná. Entre os que já concederam entrevista à equipe do filme estão o delegado de polícia da época, Wanderci Corral Fernandes, o historiador da Universidade Estadual de Londrina, Edson Holtz (presente no banco no dia do Assalto), o escritor e jornalista Domingos Pellegrini, autor de um livro-reprotagem sobre o tema: Assalto à Brasileira, publicado em 1988, entre outros.

O projeto irá resultar em um documentário de 80 minutos com previsão de estreia para dezembro de 2017, aniversário de 30 anos do assalto: “A ideia de realizar um documentário sobre esse caso surgiu em 2012 e desde então tem sido desenvolvida pela equipe da produtora. Queremos inicialmente fazer um documentário, para só depois realizar também uma versão ficcional da mesma história”, revela o produtor do filme, Guilherme Peraro. O objetivo é mostrar o que ocorreu nesse episódio a partir de uma série de pontos de vista: “Queremos mostrar a visão de todos os que estavam envolvidos, desde os reféns presentes ao banco, os policiais, a imprensa que cobriu o caso, e também a dos assaltantes. Não queremos mostrar nenhum desses personagens como vítimas ou heróis – a nossa intenção é construir um mosaico de situações e perspectivas o mais amplo possível sobre este episódio”, explica o cineasta Rodrigo Grota, roteirista e diretor do documentário.

O assalto
O assalto realizado à agência central do Banestado é possivelmente um dos sequestros mais longos de um grande número de pessoas no Brasil. Por volta das 11 horas do dia 10 de dezembro de 1987, sete homens armados invadiram a agência do Banestado localizada no Calçadão: eles exigiam uma quantidade volumosa de dinheiro em espécie. Para atender esse pedido, o gerente do banco teve de se deslocar a outras agências da cidade e praticamente coletar todo o dinheiro disponível em Londrina naquele dia. Durante o assalto, o então jornalista da Folha de Londrina, Paulo Ubiratan (1938-2010), entra na Agência, ganha a simpatia dos assaltantes, e ajuda no contato com a Polícia e na liberação de alguns reféns. Com a notícia do assalto nas rádios, cerca de 5 mil pessoas se aglomeram diante da agência esperando pelo desfecho da situação incomum. No final do dia, por volta das 18 horas, os assaltantes deixam a agência com 14 reféns e uma quantia expressiva de dinheiro. A fuga irá se alastrar por sete dias, até que todos acabam presos, com exceção de um dos criminosos.

Produzido por Guilherme Peraro, a partir de pesquisa e roteiro de Roberta Takamatsu, a equipe do filme conta com trilha sonora de Rodrigo Guedes, direção de arte de Guilherme de Martino, assistência de direção de João Mussato, Lucas Pullin e Rafael Ceribelli, som direto de Bruno Bergamo, edição de som e mixagem de Otávio Santos e Felipy Andrade, projeto gráfico de Yan Sorgi, e montagem de Flávia Fodra e Rodrigo Grota. O filme é o segundo longa da produtora Kinopus (que no ano passado estreou o filme Leste Oeste) e conta com patrocínio da Prefeitura de Londrina via Promic – Programa Municipal de Incentivo à Cultura.

Os interessados em conversar com a equipe do filme podem entrar em contato pelos telefones 43 9 9978 1089 (Lucas Pullin) e 43 9 9118 5475 (Guilherme Peraro), ou ainda pelo email castingkinopus@gmail.com e/ou pela página do filme no Facebook.

2 thoughts on “Kinopus procura por testemunhas para filme sobre o Assalto ao Banestado de 1987

  1. TENHO UMA INFORMAÇÃO BASTANTE RELEVANTE DAQUELE DIA. NA OCASIÃO EU ERA ESCRIVÃO DE POLÍCIA LOTADO NO 3° DISTRITO POLICIAL. E TAMBÉM ERA TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO. POR ISSO TINHA BOM RELACIONAMENTO COM PRATICAMENTE TODOS OS TÉCNICOS DE SEGURANÇA DE TODAS AS MAIORES EMPRESAS DE LONDRINA. ASSIM, NO DIA DAQUELA OCORRÊNCIA, EU HAVIA CONSEGUIDO UMA VISITA DE TODOS OS DELEGADOS DE POLÍCIA E DOS PERITOS CRIMINAIS DE LONDRINA. A INTENÇÃO ERA PARA QUE ELES CONHECESSEM O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DA SKOL. COMO A VISITA HAVIA COMEÇADO ÀS 08H00M AO TÉRMINO DA VISITA DE CONHECIMENTO DESSE PROCESSO, SERIA OFERECIDO A TODOS UM COFFEE BREAK POR VOLTA DAS 11H30H, OBVIAMENTE REGADO A”CERVEJA SKOL”. MAS, QUANDO ESTÁVAMOS QUASE NO TÉRMINO DESSA VISITA, OCORREU UM CHAMAMENTO VIA RÁDIO, ALGUÉM DA CRIMINALISTA OU DELEGADO LEVAVA. NOTICIANDO O ROUBO DAQUELE BANCO. E AÍ ANTES DO COFFEE BREAK, SAÍMOS TODOS DA FÁBRICA DA SKOL PARA AQUELE BANCO. O RESTO TODOS SABEM. NA VISITA CITADA ESTAVAM TODOS OS DELEGADOS E QUASE TODOS OS PERITOS.

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